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Os figurinos by patchlabor crew

photos Andre Marose

Os figurinos são criação de Paulina Almeida e Anke Kalk, artista residente em Berlim, que  delinearam as personagens que habitam o universo fantástico da Sexta 13.

A formação

Para dar continuidade e direcção ao trabalho do grupo de amador de teatro de Montalegre, é proposto a criação de um repertório de peças de teatro para apresentar o testemunho criativo dos artistas de teatro da Vila noutros eventos como a feira do fumeiro ou festivais de teatro amador. Para este efeito, Mariana L. Ferreira, Paulina Almeida, entre outros artistas convidados, vão assumir o cargo de direcção para dar formação e guiar os grupos a uma prática de teatro inclusiva e criativa tendo como principal objectivo o inicio de um repertório a ser continuado com outras obras e directores de teatro. 

SEXTA FEIRA 13 Maio, Montalegre 2011 Direcção Artística de Mariana L. Ferreira, Paulina Almeida, Sérgio S. Ferreira e Rui Monteiro

Projecto de criação artística regional que parte do património de lugares, costumes, ritos e gentes do concelho de Montalegre. O profano e o sagrado sempre andaram lado a lado pelas Terras do Barroso. Tanto os rituais pagãos como os religiosos fazem parte do tecido cultural da região que sendo praticado concretiza-se em património cultural.

Ao continuar este ritual de celebrar cada Sexta Treze, não só se convida o mundo a vir a Montalegre como também toda a comunidade local é envolvida directa ou indirectamente nos trabalhos de preparar o evento e convidada a participar. A riqueza da nossa proposta para o evento de sexta 13 de Maio 2011, será tanto o resultado final como o processo de produção do mesmo com a comunidade local. Um trabalho que envolverá meses de interacção criativa entre profissionais do espectáculo e novos media com toda a comunidade que esteja disposta e disponível a participar nesta experiência única que culminará dentro do video que animará as paredes do castelo no dia do evento.

Este envolvimento activo possibilita a criação de um enriquecimento sócio-cultural entre residentes e turistas, afirmando-se como estratégia para o desenvolvimento humano e comunitário, contribuindo para o entendimento mútuo entre pessoas vindas de diferentes universos sociais e culturais. Quer-se assim uma interacção entre o global e o local, uma glocalizaçao da cultura do Barroso dando especial ênfase aqueles que vivem na própria terra, usufruindo sem complexo de inferioridade da própria identidade cultural, da própria maneira de ver e dizer o mundo. A comunidade alvo com quem se irá criar, serão especialmente as crianças e jovens no sentido de serem introduzidos ao mundo do espectáculo na sua contemporaneidade e inovação. No entanto a participação dos adultos e seniores será essencial no processo de criação, pois poderão dar o seu testemunho, cara e corpo em relação à historia e costumes da região. A escolha da Lenda da Mizarela resulta por ser uma das mais conhecidas da região e englobar todos os elementos necessários para a catarse requerida de uma sexta 13. Ademais na lenda, a personagem do Padre tem uma personificação na vida real, o Prof. Padre Fontes que tem desempenhado no concelho de Montalegre a figura entre o religioso e o pagão, protegendo e promovendo as crenças e costumes do Barroso. Dando especial valor a este património humano, e seguindo as pegadas de um grande mestre de etnografia Barrosa, Prof. Padre Antonio Fontes, pretendemos que o evento seja uma celebração da cultura e historia do Barroso. A lenda da Ponte da Mizarela será apenas a narrativa guia, que contará com interrupções ou desvios para outras lendas, personagens e situações de guerra e paz entre o bem e o mal por Terras do Barroso.